Deus, onde estás?
Te procuro.
Te procuraria na porta dessa rua.
Deus, onde estás?
Olha o que eu vejo agora
O menino dançou sem roupa
O menino botou na boca um doce com gosto de fel
Deus, onde estás?
A Igreja arrancou o sino
O homem esqueceu o menino
Fez castelo de ouro e prata e perdeu a vida
Ah! Acende toda luz
Iluminando a Terra que convive com a dor
Sem esperança
Vai onde há a dor, e cura!
Vai onde não há amor, e ama!
Vai onde há a dor, e alegra!
Vai onde não há amor, transforma!
Teu toque forte muda a sorte de quem Te encontra.
Deus, onde estás?
Te procuro.
Te procuraria no beco ou nessa rua.
Deus, onde estás?
Olha o que eu vejo agora
O menino dançou sem roupa
O menino botou na boca um doce com gosto de fel
Deus, onde estás?
Eu passei por aquele palco
Vi um grande homem fardado
Que gritava ao povo: "Dinheiro" Sem piedade
Ah! O homem passou
E se esqueceu da dor que sangra
Dentro do peito
Vai onde há a dor, e cura!
Vai onde não há amor, e ama!
Vai onde há a dor, e alegra!
Vai onde não há esperança!
Traz esperança!
Faz esperança!
Traz esperança!
(PALAVRANTIGA - Composição: Marcos Oliveira de Almeida)
Quando ouví essa música, ao refletir sobre ela, me senti tão medíocre. Sem perceber, fiquei trancado em minha religiosidade, dentro de um templo, frequentador de cultos, possuidor de um "ministério", enquanto o mundo espera pra saber o que há de novo e de bom em meio a tanta falta de esperança.
"Evangelizamos", mas de uma forma tão padronizada, tão fria, tão mecânica. Parece que estamos alheios à realidade do mundo, quando a forma mais sincera e eficaz de se pregar é com a vida, naturalmente, sem calcular perdas ou ganhos, sem esperar congratulações por simplesmente agir da forma que é comum àqueles que têm o amor do Pai e que sabem "onde Ele está".
Será que Deus terá de descer (mais uma vez) para curar, amar, alegrar, transformar, levar esperança? Ele está em nós! o que fazemos ainda dentro de templos? Será que somos capazes de parar e refletir sobre o cristianismo que temos vivido? Temos desfrutado e partilhado de uma Graça que é comum a todos e nivela a todos em uma mesma situação de dependentes de Deus, ou, temos vivido para nós mesmos em um cristianismo unilateral e presunçoso com 10km de comprimento por 1cm de profundidade?
Preciso rever meus conceitos, minhas atitudes e convicções, meus costumes e manias, minhas prioridades. Preciso me sujeitar a sofrer preconceito por parte dessa igreja religiosa e denominacionalista que em NADA se parece com a noiva que Jesus idealizou. Andar com os páreas, com os marginalizados, aqueles que ninguém suporta olhar, e levar novidade, como fez o Dono da Igreja.

“O Universo todo espera com muita impaciência o momento em que Deus vai revelar o que os seus filhos realmente são Pois o Universo se tornou inútil, não pela sua própria vontade, mas porque Deus quis que fosse assim. Porém existe esta esperança: Um dia o próprio Universo ficará livre do poder destruidor que o mantém escravo e tomará parte na gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto. E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos e nos liberte completamente. Pois foi por meio da esperança que fomos salvos. Mas, se já estamos vendo aquilo que esperamos, então isso não é mais uma esperança. Pois quem é que fica esperando por alguma coisa que está vendo? Porém, se estamos esperando alguma coisa que ainda não podemos ver, então esperamos com paciência."
(ROMANOS 8. 19 a 25)
Nenhum comentário:
Postar um comentário